quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Amsterdam - Uma Cidade Muito Peculiar...

Depois que o nosso host de Amsterdam nos informou, no dia seguinte, que não poderia nos hospedar na sexta-feira a noite, nós não tivemos outra alternativa...Dormimos mais uma noite em Bruxelas e tivemos que pegar o trem para Amsterdam pela manhã.
O Trajeto Bruxelas-Amsterdam
Pra variar, nós acordamos super cedo, nos arrumamos e nos despedimos da Anabelle. Eram por volta de umas 05:30 da manhã quando estávamos prontas para sair. Nós tínhamos 15 minutos para chegar até o ponto de ônibus e eu achei que era uma missão meio impossível...Nós tínhamos muita mala e teríamos que andar bem devagar para chegar até o ponto. A mãe da Anabelle se compadeceu da nossa situação e nos levou de carro até o ponto de ônibus, mas o problema é que demoramos muito tempo tentando enfiar todas as malas no porta malas...
Chegamos ao ponto de ônibus e o bendito ainda não tinha passado. Até ficamos felizes (Que bom...Não perdemos o ônibus!!Pensamos...). A mãe da Anabelle ficou com a gente lá esperando e nada do ônibus passar...Até que teve uma hora que ela desistiu, se despediu da gente e disse que voltaria em torno de 20min para ver se ainda estávamos ali. Ela foi super fofa de ter ficado com a gente lá no ponto, mas gente, eram 05 e pouca da manhã né...rsrs. Quase 1 hora depois, o ônibus passou...Colocamos as malas dentro do busu e o motorista foi super paciente até que colocássemos tudo dentro (acho que o problema é com taxista e pessoas que trabalham em trens mesmo...rs).
Chegamos na estação, vimos o próximo trem para Amsterdam, esperamos mais ou menos uns 30 min e conseguimos embarcar. Dessa vez pegamos um trem que tinha cabine com um banco de frente para o outro. Cabia mais ou menos umas 6 pessoas por cabine e não tinha lugar marcado. Eu sei que no início estava tudo ótimo. Apagamos as luzes, fechamos as cortinas e ficamos ali curtindo o nosso soninho (Paisagem? Que paisagem?? Rs). E como alegria de pobre dura pouco, umas 3 paradas depois, umas pessoas começaram a bater na porta da cabine (porque havíamos trancado), eu abri a cabine e elas disseram que o trem estava cheio e que não tinha mais lugar para eles sentarem. Eles se sentaram e perguntaram se podiam acender a luz...”Só podem estar de sacanagem”...Pensei...Como eu não queria criar quizumba, disse que podiam acender a luz e eis que os seres humanos (que não se conheciam), começaram a conversar freneticamente. Pronto...meu soninho tinha ido por água abaixo...Acho que foi a primeira vez que fiquei vendo a paisagem...rsrs.
Chegando em Amsterdam
Chegamos em Amsterdam, pegamos nossas malas e começamos a nos aventurar pela cidade. A estação de trem em Amsterdam é bem grande e pra variar nós meio que nos perdemos...rsrs. Depois de nos acharmos, paramos em um centro de informações turísticas (em frente à estação) e compramos um mapa (2 euros). Nós não éramos ninguém sem um mapa.
Mapas devidamente comprados, fomos perguntar onde passava o ônibus que precisávamos pegar. Nosso host já tinha nos dado todas as informações necessárias e onde deveríamos descer. Mais uma andadinha até o ponto de ônibus e não esperamos nem 10 minutos e já estávamos dentro do ônibus. Mais uma vez o motorista foi super simpático e esperou a gente entrar com todas as nossas tralhas dentro do busu. Perguntamos pra ele se ele poderia nos informar quando o ponto estivesse perto. Ele, de muito bom grado, nos sinalizou o ponto que deveríamos descer e lá estávamos nós.
Descemos do ônibus, mapa em uma mão, mala na outra e fomos caçar a bendita rua que o nosso host morava. Nós andamos cerca de 10 minutos e achamos a casa dele que ficava numa rua minúscula...rs.
Ele nos recebeu bem, nos mostrou a casa e o quarto que ficaríamos. Nós deixamos as nossas malas por lá mesmo e fomos pra rua.
Já eram quase 12:00 e não queríamos perder muito tempo em casa. Então, pegamos algum dinheiro, VTM, nossos mapas e seguimos para o centro novamente. Pegamos o mesmo ônibus da ida...E para a nossa surpresa era o mesmo motorista que pegamos na nossa chegada. Ele foi super simpático mais uma vez e perguntou se chegamos certinho ao nosso destino...rsrs.
Casa da Anne Frank
Nossa primeira atração em Amsterdam seria a casa da Anne Frank. Pra você que não se liga muito em história da segunda guerra mundial, lá vai uma explicaçãozinha...
Anne Frank era pertencente à uma família judia que moravam em Amsterdam.
Conforme o nazismo avançava com suas ideias loucas, começava uma caça desenfreada aos judeus. E esses judeus que eram pegos eram levados para campos de concetração e forçados a trabalhar de uma forma brutal e desumana.
O pai de Anne Frank vendo que os soldados poderiam levar toda a sua família para o campo de concetração, teve a ideia de construir um esconderijo dentro do próprio escritório e abrigar não só a sua família, como uma outra família de amigos.
Quando a guerra acabou, o pai de Anne (Otto Frank, o único sobrevivente da família) resolveu publicar o diário da filha em forma de livro como forma de informar e incentivar a luta contra o preconceito entre raças.
Eu já tinha lido o livro O Diário de Anne Frank e tinha muita curiosidade de ver o esconderijo onde aquela família viveu por 2 anos se escondendo dos nazistas.
Chegamos em frente ao prédio e vimos uma pequena fila na porta. A fila até que andou bem rápido e enquanto estávamos na fila recebemos um papel informativo contendo um mapa e o  que veríamos em cada área da casa. Perto da bilheteria haviam mais papeis e vimos um em português (um dos poucos lugares na Europa que tinha informações em Português), pegamos esse também...éramos a rainha dos papeis nessa viagem..rs.
A visita começa com videos explicativos sobre o início da segunda guerra e o avanço das tropas nazistas ao longo da europa. Conforme você avançava na visita você se sentia mais e mais dentro daquela realidade. Você começa a se imaginar ali dentro e do que o ser humano é capaz de fazer para se manter vivo e proteger aqueles que ama.
As janelas eram todas fechadas com uma proteção solar, para que ninguém que estivesse do lado de fora pudesse ver o que se passava ali dentro do esconderijo naquela época.
Passagens secretas e cômodos super pequenos...Era assim que era o esconderijo e exatamente da forma que Anne Frank descreve no seu diário.
Ao final da visita, existem vários vídeos falando sobre preconceito e claro, uma lojinha de souvenirs onde você pode comprar o livro, que está disponível em diversas línguas.
Caminhando e Cantando...
Saímos da casa de Anne Frank e para esparecer um pouco o clima tenso da visita, andamos pelas ruas que margeavam os canais de Amsterdam. Com o nosso fiel escudeiro (nosso mapa), nos perdermos e nos achamos algumas vezes. Mas tudo bem, estávamos em Amsterdam.
Casinhas tortas em Amsterdam...
Confesso que Amsterdam foi um dos lugares mais complicadinhos de se situar no mapa. Primeiro porque a cidade foi feita em cima de vááários canais. Então, as ruas terminam e começam do outro lado de alguma ponte..rs. Fora que o nome das ruas era praticamente impossível de falar. Quando tentávamos nos localizar no mapa levávamos em torno de uns 10 minutos tentando procurar a rua no mapa...O Holândes é uma língua que tem mais consoantes que vogais nas palavras...Pra gente, todas as ruas pareciam que tinham o mesmo nome..rsrs.
Enquanto andávamos, observávamos as casas barco ancoradas nos canais. Algumas pessoas moravam dentro de um barco e não se importavam muito com isso. Já ouvi dizer que algumas casas barco são tão bem estruturadas quanto um apartamento normal. A única diferença é que balança um pouco. Nós não tivemos oportunidade de conhecer nenhuma casa barco por dentro L.
Casa Barco...
Depois de muito caminhar e observar a cidade, achamos o mercado de flores. Esse mercado é como se fosse uma feira ao ar livre onde eram vendidos diversos tipos de flores, sementes, bulbos de tulipas (para plantar) e porque não...Maconha....Pois é, na cidade onde a maconha é legalizada o pessoal vendia umas sementinhas...rsrs.
Pegamos o nosso mapinha novamente e resolvemos conhecer a mais famosa rua de Amsterdam...Red Light District
Red Light District
Imagina uma rua cheia de lojinhas com no máximo 2 metros de comprimento. Imaginou? Agora imagina se ao invés de produtos normais que se vendem em lojas normais fosse vendido mulheres...O_o?? Pois é...Além de Amsterdam ser conhecida pela legalização da maconha também é conhecida pela prostituição meio que “escancarada”. Gente, eram mulheres de calcinha e sutien simplesmente oferecendo os seus serviços...E não pense você que a rua era escondida...Não mesmo...a rua é no centro da cidade, super lotada e que passava tudo quanto é tipo de gente...Homens, mulheres, jovens, idosos, crianças (é isso aí...crianças...). Pra quem mora lá isso era tão normal que não abalava em mais nada.
Eu e Paula andávamos pela rua e observamos que quanto mais pro final da rua você anda, mais as mulheres embarangavam...rsrs. Nós queríamos muito rir, mas ao mesmo tempo ficávamos meio envergonhadas...Olhávamos pra vitrine, olhávamos pro chão, olhávamos pro céu...Foi uma situação meio constrangedora, mas foi engraçado.
Atenção aos cuecas de plantão...Não pense que vocês vão poder tirar a foto da menina mais bonita da vitrine e dizer pros seus amigos que “pegou”...A rua é cheia de câmeras e segurança nas portas e eles não deixam tirar foto da vitrine. Se eu fosse você, não arriscaria tal façanha...rsrs.
Primeira noite em Amsterdam
Voltamos para casa naquele dia e o nosso host disse que conhecia um lugar legalzinho ali perto da casa dele. Não era exatamente o que queríamos fazer naquele dia, mas como estávamos hospedadas na casa dele, não queríamos ser grosseiras com a hospitalidade dele.
Resumindo a noite: Festa estranha com gente esquisita....rsrsrs. O lugar em si até que não era dos piores, mas as músicas e o pessoal que frequentava...Só Jesus na causa...Era melhor ter visto o filme do pelé...rs.
Ficamos ali por mais ou menos umas 2 horas, conversamos um pouco com ele e voltamos pra casa...Gente, eram 02:00 da manhã e estávamos na cama...Pelo Amor né?  Ok, ok, estávamos mega cansadas da viagem e das andanças durante o dia, mas...Era Amsterdam bebê...
Ainda tínhamos mais uma noite na cidade, quem sabe teríamos um pouco mais de sorte no outro dia? ;-)
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