quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Amsterdam - Último Dia...

E o último dia em Amsterdam chegou. Depois da noite anterior ter sido frustrada, era o dia de embarcamos para mais uma cidade!
Mas como o nosso trem sairia somente às 19h tinhamos um dia todo para aproveitar as últimas horas em Amsterdam.
Aproveitamos as primeiras horas da manhã para arrumarmos as nossas malas e colocar tudo de volta dentro dela. Eu não sei se isso acontece também com vocês, mas depois que você desarruma a sua mala, você nunca consegue colocar as coisas da mesma forma. Eu não sei o que acontece...ou a mala diminui de tamanho (o que é pouco provável...rs) ou a gente fica com tanta preguiça de arrumar a bendita que acaba socando tudo lá dentro de qualquer jeito (fico com essa opção...).
Acho que, de todas as experiências de CouchSurffing que tivemos, o nosso host em Amsterdam foi o menos “amigável”...Parece que ele estava nos recebendo por obrigação, meio sem vontade...Não sei se foi o fato dele ter mudado os planos e só nos hospedar no sábado ou se no dia que a gente foi embora ele disse que precisaríamos sair às 15 porque ele tinha um compromisso...Bom, o plano era sair de casa pelo menos umas 17:30 já que o nosso trem só sairia às 19h. Mesmo a estação sendo relativamente perto da casa dele (15 min de busu), nós não queríamos arricar, até porquê, Murphy andava de mãos dadas com a gente...rsrs.
Como tínhamos menos tempo do que imaginávamos, resolvemos dar um último passeio pela cidade.
Passeio de Bike
Pensou em Amsterdam pensou em bicicleta. Uma cidade que tem pelo menos uns 400km de ciclovia não poderia deixar de ter a bicicleta como um dos meios de transporte mais utilizados. Desde o primeiro dia eu tinha observado as pessoas pedalando nas ruas...Mulheres, homens, crianças, fazendo um trajeto curto ou indo trabalhar. Cheguei a ver mulheres de terninho e scarpan indo para o trabalho (achei o máximo...rs). Fiquei imaginando eu fazendo isso aqui no Rio de Janeiro...Verão, calor de 40 graus...Ia chegar no trabalho com pelo menos 1 kg a menos e encharcada de suor...rsrs.
Como era o nosso último dia, resolvemos dar uma de “local” e andar de bicicleta pelas diversas ciclovias.
Nosso host nos deu o endereço de uma loja que alugava bicicletas (que agora esqueci o nome, mas tenho guardado nos meus papeis...volto aqui depois para postar) e partimos pra lá que era uma coisa mais certa. Fomos andando e achamos a tal loja.
Para alugar a bike é bem simples. Você precisa levar um cartão de identificação e o seu cartão de crédito. Ele faz o seu cadastro ali na hora, anota os dados do cartão, você efetua o pagamento (10 euros por 4 horas) e voulá...Você tem uma bike pra você desfrutar toda a cidade. O dono da loja nos deu a bike de acordo com as nossas alturas, ou seja, você não precisa se preocupar em abaixar ou levantar o banco, ele já faz isso pra você. E não se preocupe, pois nenhum valor será debitado do seu cartão, a não ser que você não devolva a bicicleta...hahahahaha.
Depois das devidas orientações de segurança, como funcionavam as travas e tal era a nossa vez de pedalar.
Cidade totalmente preparada para as bikes
VondelPark
Estávamos relativamente perto do maior parque de Amsterdam, o VondelPark. E como já estávamos com as nossas bikes, fomos pedalando até lá seguindo as orientações do dono da loja.
Não teve mistério, pegamos uma reta e fomos felizes.
Pedalar em Amsterdam é muito fácil e muito gostoso. Você anda na ciclovia, não tem carros competindo com você te empurrando para a calçada...Você precisa sim, respeitar os sinais de trânsito para bikes. Semáforos cujas luzes em verde ou vermelho aparecem no formato de bicicletas estão sempre disponibilizados em cruzamento com alguma rua ou avenida. Não pense você que vai dar uma de ciclista do calçadão de copacana, onde ninguém sabe o que é mão e contra-mão...Não, não...Você vai ter que respeitar sim o fluxo que está sendo seguido e não adianta dar o jeitinho carioca.
A chegada no parque foi bem fácil. E o parque? Ahhhh, é lindo...Quando eu vi um lago enorme na minha frente eu pensei: “Esse parque é mais bonito que o Hyde Park em Londres”. E como era...Pessoas andando de bicicleta, levando o cachorro pra passear, brincando com crianças e etc...Um lugar lindo, leve e super família.
Entrada do Parque
É ou não é lindo? As folhas alaranjadas de outono dão um toque todo especial!!
Só uma dica: Não deixe para alugar a sua bike no parque, até porque nem tem esse tipo de serviço lá (eu pelo menos não vi nenhum). Eu acho que estão perdendo dinheiro, porque às vezes a pessoa só quer dar uma volta dentro do parque mesmo e ir embora, principalmente os turistas...Alguém aí se arrisca nesse nicho de mercado?
Minha Bike
Pedalamos, paramos para tirar algumas fotos, brincamos com o cachorro alheio, mas estava na nossa hora e precisávamos voltar para devolver as bikes. Nem de longe tinha dado as 4 horas, mas tínhamos que estar na casa do nosso host cedo, devido ao compromisso dele (aff...rs).
É lógico que ficamos meio perdidas nas ruas cheias de consoantes de Amsterdam e pelo fato também do mapa estar na minha mão (gente, vou fazer um curso de leitura de mapas...rs), mas acabamos conseguindo voltar pra casa.
Mas e os Moinhos de Vento?
Você deve estar pensando: “Elas vão embora de Amsterdam sem ter visto um moinho de vento?”  Claro que não né? Ok, ok não era uma coisa que podia dizer: “Nossa, que moinho”, mas era um moinho.
Enquanto voltávamos pra casa para pegarmos nossas malas vimos que tinha um moinho (bem perto da casa do nosso host) “dando sopa” e pedindo pra gente tirar uma foto! Nesse dia eu tinha saído de casa sem bolsa, sem nada...Somente com o meu VTM , Identificação e dinheiro no bolso do casaco...E não tinha levado os meus óculos escuros.  Quando paramos para bater a foto, nossos olhos não conseguiam ficar abertos, porque o sol estava bem na nossa direção. Não tinha como mudar de posição...Era o sol no olho com moinho ao fundo ou a sombra sem moinho...Preferi a primeira opção e fiquei aqueles 15 segundos mais torturantes da minha vida...O olho lacrimejando, a testa enrrugando...Tudo por um moinho!!!!
Se liga na cara da pessoa...
Depois da sessão moinho, voltamos pra casa, nos despedimos do nosso host (ele me pareceu vagamente aliviado..rsrs) e seguimos rumo ao ponto de ônibus. E lá íamos nós mais uma vez com todas as malas em direção à estação de trem de Amsterdam.
Como ainda estava muito cedo e não tínhamos comido nada, resolvemos entrar num restaurante pra comer alguma coisa e matar um pouco o tempo. Achamos um restaurante italiano perto da estação de trem. Estava super vazio, nenhuma alma viva, mas resolvemos arriscar assim mesmo.
Fomos super bem recebidas pelo garçom (talvez porque éramos as únicas clientes? Rs) e quando ele perguntou de onde éramos e falamos Brasil...pronto...atendimento VIP..rs. Ele conversou conosco, disse que era da Itália e que tinha muita vontade de vir ao Brasil...Eu tô falando pra vocês, os Europeus são doidos por isso aqui!
Pedimos uma porção de Calamari (lulas empanadas) que estavam deliciosas e depois pedimos o prato principal. Pedi uma lasanha com massa verde e a Paula foi de Spaghetti à Carbonara. Acertamos em cheio. Minha lasanha veio super, quente e se manteve quente até o último pedaço. E pela cara de satisfação que a Paula fazia enquanto comia, o Carbonara dela também tinha sido uma ótima escolha.
Nosso Primeiro Trem Noturno
Depois de bem alimentadas, nos direcionamos para a estação de trem, achamos a nossa plataforma e esperamos.
Ainda estávamos um pouco ansiosas com o fato de pegarmos o trem noturno, não tínhamos ideia de como seria essa viagem que tinha duração de umas 10 horas. A única coisa que sabíamos é que a nossa cabine tinha 6 camas (2 triliches) e só!
Algumas dicas constavam no nosso ticket, como: número do carro, número da cabine e ao lado do número as seguintes descrições: Middle – Low. Hummmm...Como era uma cabine com 6 camas pensei que uma de nós duas ficaria na cama do meio e a outra na cama de baixo...Bingooo..Num é que acertei? Era a lógica né? Rs
Para a nossa alegria e sorte (mais sorte do que alegria), nós fomos as primeiras a entrar na cabine. Gente, eu pensei que as nossas malas não iam caber ali não. A gente tinha tanta tralha e o espaço era tão pequeno que precisamos de algum tempo para organizar tudo por ali.
Se liga no espacinho que tínhamos para arrumar nossas malas dentro da cabine!
Enquanto estávamos no processo de arrumação de mala na cabine (suas malas não podem ficar no corredor) eis que ouvimos a seguinte frase: “É....vocês tem muita mala hein...” . Na hora paramos de arrumar as coisas, olhamos pra pessoa que soltou essa frase e abrimos o sorrisão: “Você é Brasileiro?”. Que alegria era poder conversar com mais alguém que fale a sua língua e é do seu país..rs.
E a partir daí nossa ida para Praga ficava muito mais divertida, porque conhecemos o Victor. Um brasileiro de Vitória – ES, com cara de gringo que estava viajando pela Europa por 100 dias somente com o CouchSurffing. Virei fã dele, não só pelo projeto arrojado, mas porque ele andava com uma mala do tamanho de um carrinho de feira...Cara, eram 100 dias...Como ele conseguia? Eu e Paula sofrendo com reles 35 dias com as nossas malas de 32kg e ele com aquela malinha? Inveja Branca...rsrs
O mais engraçado é que antes de entrarmos no trem, dissemos uma para outra que íamos apagar e só acordar em Praga...Quem disso que conseguimos fazer isso? Ficamos conversando por um bom tempo com o Victor, até que nós nos entregamos nos braços de Morpheu no nosso cubículo de 6 camas.
E a viagem continua!
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