A viagem no primeiro trem noturno foi bem tranquila. Apesar
de ficarmos meio espremidinhas na nossa caminha (você viu a foto da cabine no
post anterior...rs), a viagem correu sem transtorno.
Nós colocamos o celular pra despertar mais ou menos uns 30
minutos antes do término da viagem. Sabe como é né? Pra não acordarmos no susto
e dar aquela lavada na cara...rs. Quando acordamos percebemos que algumas camas
haviam sido ocupadas, mas estávamos num sono tão pesado que nem vimos as
pessoas entrando na cabine durante a noite. Você pode pensar em trancar a
cabine, mas corre o risco de ser perturbado altas horas da madrugada para abrir
a cabine pra alguém, até porque você não sabe se a sua cabine está lotada ou
não.
Quando acordamos ainda faltava um tempinho até chegarmos em
Praga e foi anunciado no sistema de áudio do trem que tinha o serviço de café
da manhã. Lá fomos nós né? Estávamos com fome mesmo. Chegamos no vagão e
pedimos um chocolate quente...Não pense você que é gratuito, não, não
querido...Pelo que me lembro acho que paguei uns 2 euros pelo chocolate quente
e para a minha tristeza era aquele chocolate quente feito com água e pó de
chocolate (Por que eles fazem isso gente? Alguém me explica?? Rs). Peguei o
bendito chocolate e voltei pra cabine. Eis que o Victor encontrou com a gente e
ficamos conversando.
Coroas Tchecas
Não pense que esse parágrafo está falando sobre os idosos da cidade de Praga, não mesmo...rsrs.
A nossa primeira questão era: “Aqui não aceita Euro, onde vamos trocar dinheiro?”. E é em Praga que
começamos a nos ambientar com outra moeda que não fosse nem a libra nem o Euro.
E que sofrimento...rsrs. Pra vocês terem uma ideia, 1 euro era equivalente a
mais ou menos umas 25.000 coroas tchecas (sim, esse é o nome da moeda da
República Tcheca). Enquanto o manuseio do dinheiro estava na casa das dezenas e
centenas tudo eram flores (mesma lógica utilizada aqui no Brasil). Quando o
negócio começou a passar pra casa dos milhares aí é que deu ruim...rs. Era muito
complicado fazer conversões.
Bom, fizemos uma conta rápida de quanto precisaríamos para
os 2 dias que ficaríamos em Praga e saquei uma parte no caixa eletrônico do
banco tcheco direto com o meu Visa Travel Money e aproveitei pra trocar uns 20
euros que tinha guardado. O mais engraçado é que quando você troca o dinheiro,
você recebe um monte de dinheiro e se acha como? Fiquei Rico...kkkkkkk.
Depois de termos adquirido nossas coroas tchecas, eis que
veio a segunda questão: “Como chegaremos
no hostel?” . Nós até pensamos em pegar um táxi, mas o Victor viu a nossa
situação com todas aquelas malas e nos ofereceu para ir conosco até o hostel. Além do mais, o host
dele só estaria em casa mais tarde, então ele não ia ter pra onde ir mesmo...A
Paula tinha impresso o papel do hostel com as devidas instruções e vimos que
não seria tão complicado, nós basicamente pegaríamos o metrô e só!
Na estação de trem de Praga já tinha uma estação de metrô.
Nós nos informamos sobre os tickets de metrô e compramos para 2 dias. Antes de
passarmos na roleta, passamos o ticket pra validar e começamos a observar que o
pessoal passava na cara dura. Não validavam ticket nem nada...Mas ok, queríamos
ser certinhos né? Murphy está sempre a
solta por aí esperando a próxima vítima...rsrsrs.
O parto para chegar na plataforma do metrô foi digna de uma
comédia pastelão. Victor levando nossas malas e eu ajudando a Paula com a mochila
ultra mega enorme dela. Sobe escada, desce escada, para um pouquinho pra
respirar...Tira o casavo porque começavávamos a sentir calor, põe o casaco
porque começávamos a sentir frio...Meu Deus!!!
Enfim, depois de uma mudança de linha, chegamos à nossa
estação de destino e começa tudo de novo: Sobe escada, desce escada, tira e põe
casaco...rsrs. Saímos da estação, nos situamos e perguntamos onde seria a rua
do Albergue. Depois das devidas orientações, conseguimos chegar...Podíamos
considerar praticamente um LAR DOCE LAR...rsrs.
O Albergue
Praga foi o único lugar que ficamos em albergue. Nós
escolhemos o Albergue Old Prague Hostel (http://www.oldpraguehostel.com/) e
fizemos a reserva aqui no Brasil mesmo pelo site www.hostelworld.com . Nós pagamos 40
euros para nós duas por 2 noites com café da manhã em um quarto para 4 pessoas.
20 euros para cada uma...Super tranquilo!
Chegamos no hostel e fomos super bem recebidos pela
recepcionista do hotel. Ela confirmou as nossas reservas e pagamos a diferença
que estava faltando. Ela nos informou que o nosso quarto ainda não estava pronto,
mas que poderíamos deixar as malas em um local seguro e conhecer um pouco a
cidade.
O albergue disponibilizava vários mapas da cidade e
informações de diversas atrações. Ficamos nós 3 ali na recepção sugando todas
as informações que podíamos da recepcionista. Ela por sua vez, foi super legal
e circulou no mapa todos os locais que gostaríamos de visitar. Ela ainda
circulou alguns pubs que seriam legais de ir tb.
Bom, devidamente informadas e munidas do nosso humilde
mapinha, deixamos as nossas malas no locker
e fomos procurar um lugar para comer, porque estávamos famintos.
O Goulash
Era por volta de 12:00 e a fome era negra. A nossa super
prestativa recepcionista havia nos indicado um lugar bom para comer e que era bem
pertinho do hotel. Pra variar não lembro o nome do restaurante (preciso
melhorar isso nas minhas próximas viagens e anotar com mais frequência as
coisas..rs).
Chegamos no restaurante e para a nossa alegria o local tinha
Wi-fi. Esse era o momento mais precioso pra gente. Era a hora que conseguíamos
nos comunicar com os nossos amigos e familiares que estavam no Brasil e dizer
que estávamos vivas. Santo Wi-fi...rsrs.
Nos sentamos, pedimos o cardápio e...O_o...Tcheco??? Nenhum
de nós 3 sabíamos falar tcheco. Olhávamos pro cardápio, olhavámos um pra cara
do outro e olhávamos para o cardápio de novo...Desespero!!! “E agora?”. Eis que chamos o garçom e
perguntamos em inglês se ele teria um cardápio em inglês. Ele fez aquele cara
de: “Não entendi nada do que vocês
disseram” e chamou uma menina que sabia falar inglês. Para a nossa sorte o
local tinha um cardápio em inglês, o que facilitou alguma coisa. Eu disse
alguma coisa...Porque alguns pratos eles simplesmente não traduziam. Eu sabia
que um dos pratos mais famosos do país era o Goulash, mas eu não sabia ao certo
de que era feito e a descrição do cardápio não estava ajudando muito e o garçom
também não. Pergutamos para ele o que era Goulash e ele simplesmente respondeu
num inglês muito do ruim...”Goulash
é...Goulash”...Nossa, super esclarecedor!!!!
E eis que utilizamos o Wi-fi a nosso favor. Jogamos no
google imagens: Goulash e vimos o que era. Pela foto parecia bom (arroz, uma
carne e um negócio que parecia batata). Pedi isso mesmo pra ver o que ia
acontecer né?
Quando o prato chegou, tive uma bela surpresa. O tal do Goulash
estava muito bom. Uma delícia...Valeu a pena o esforço pra saber o que era o
bendito do prato!!!
Depois de já alimentadas, voltamos para o hostel para
tomarmos um banho e renovarmos as energias. Combinamos com o Victor de nos
encontrarmos mais tarde para conhecer a cidade. E pra variar, naquela noite
Murphy (sempre ele) andou de braços dados conosco...
To Be Continued...