No dia que fizemos o free walking tour (leia aqui)nós compramos um
pacote (com a mesma empresa) para ir à Versailles. Pagamos 30 euros que davam direito a passagem
de ida e volta e o acompanhamento de um guia de turismo (que fala inglês). A nossa primeira intenção era ir à Versailles no dia seguinte ao Free Walking Tour, mas o palácio de Versailles não abre às segundas-feiras :/
Nós tínhamos que estar na praça St. Michel às 11 da manhã
para encontrar com o guia e assim nós fizemos. Chegamos pontualmente, demos o
nosso nome para a pessoa responsável e encontramos com o nosso guia. Ele era,
como posso dizer...meio colorido..rsrs. Vestindo galochas, um cachecol e um
guarda chuva do tipo “familião de 10” (aqueles enormes..rs). Ele nos entregou
nossas passagens de trem (ida e volta) e disse para cuidarmos delas como se
fosse a nossa vida..rs.
Antes de irmos para a estação de trem, nosso guia parou em
um lugar que vendia sanduíches prontos. Eram feitos no pão de de baguete. Eu
comprei um sanduíche e um suco de laranja e coloquei tudo dentro da mochila,
pois não estava com fome naquela hora.
Depois que todos já tinham comprados os sanduíches, nos
direcionamos para a estação de trem de St. Michel e ali pegamos o trem para
Versailles. Era um trem direto e a viagem levou em torno de 1 hora mais ou menos.
Chegamos na estação, demos uma parada no Mc Donald’s para
fazer xixi e começamos o passeio.
Versailles já não é considerado mais Paris, é como se fosse
outro município. As ruas são largas e as casas muito bonitinhas. Você vê
alguns hotéis aqui e ali e algumas creperias. Parece aquelas cidadezinhas do
interior, mas que foram bem desenvolvidas!!!
Nós fomos andando pelas ruas até chegarmos em frente ao Château
de Versailles.
Um Pouco de
História...Contada do meu jeito..rs
Era uma vez um rei (Luís
XIII) que foi convidado por um amigo (Gondi) à praticar a caça em Versailles. O
rei se encantou com a área que viu ali e resolveu construir um castelo de caça
naquele local. A estrutura construída inicialmente era “simples”, mas a partir
do momento que o Rei conseguiu a escritura do local e se tornou dono de
Versailles, o que era simples começou um
processo de transformação e se tornou algo grandioso.
Quando o rei Luís XIII
morreu, assumiu o Luis XIV (Pois é,
parece que eles não tinham muita imaginação quando se tratava de nomes..rs). O
Rei Luis XIV tinha um ego enorme...pra
vocês terem uma ideia ele se nomeava como o Rei Sol...Sujeitinho convencido, né?
Rs. Agora pensa comigo: Se o cara se nomeava o Rei Sol, você realmente acha
que ele ia morar num "palaciozinho" qualquer? Na na ni na não, ele começou a
providenciar as reformas e obras necessárias no que hoje é considerado o maior
palácio do mundo. Repito...Do mundo.
Voltando ao dia do passeio...Nós paramos em frente aos
portões de Versailles e ali o nosso guia nos contou uma das curiosidades mais
legais sobre estátuas.
Aqui no Brasil a gente não vê muitas estátuas de homens montados em cavalos, mas na Europa tem muito. E uma coisa que aprendi é que quando você olhar uma estátua em que há um homem em cima do cavalo, você pode saber um pouco mais da história daquela pessoa só de olhar para a estátua. Olha que legal: se você ver uma estátua onde o cavalo está com as quatro patas apoiadas no solo, significa que aquela pessoa que está montada, morreu de causas naturais (ataque cardíaco por exemplo). Se o cavalo estiver com uma das patas pra cima, significa que a pessoa que está montada morreu em ação (tentando se defender de alguém por exemplo). E se o cavalo estiver com as duas patas pra cima o cavaleiro morreu em batalha, na guerra. Não é legal?
Aqui no Brasil a gente não vê muitas estátuas de homens montados em cavalos, mas na Europa tem muito. E uma coisa que aprendi é que quando você olhar uma estátua em que há um homem em cima do cavalo, você pode saber um pouco mais da história daquela pessoa só de olhar para a estátua. Olha que legal: se você ver uma estátua onde o cavalo está com as quatro patas apoiadas no solo, significa que aquela pessoa que está montada, morreu de causas naturais (ataque cardíaco por exemplo). Se o cavalo estiver com uma das patas pra cima, significa que a pessoa que está montada morreu em ação (tentando se defender de alguém por exemplo). E se o cavalo estiver com as duas patas pra cima o cavaleiro morreu em batalha, na guerra. Não é legal?
Mas então, por quê na estátua do Luis XIV, localizada na entrada do palácio, o cavalo
está com uma pata levantada (morte em ação) se ele morreu de causas naturais? O
cavalo não deveria estar com as quatro patas apoiadas no chão? Sim, meu caro
leitor...Acontece que aquele cavalo tinha sido feito para outra pessoa e não
para o Rei Luis XIV. Fizeram a linha “vamos ganhar tempo” e usaram aquele
cavalo pronto e só fizeram a estátua do rei para colocar em cima...Espertinhos
não? Rsrs
Os Jardins de Versailles
O valor que pagamos pelo ingresso do free walking tour não incluia a entrada nos
Jardins nem ao castelo. Se você considerar só isso, você poderia fazer o passeio sozinho
que sai mais barato...Você pagaria a passagem de trem (14 euros) + entrada no
jardim (8 euros) + entrada no palácio (14 euros). Nós demos o dinheiro da
entrada nos jardins para o nosso guia e ele nos entregou os ingressos. A única
vantagem é que não pegamos fila em nenhum momento.
Eu realmente aconselho você a visitar os jardins primeiro e
deixar para visitar o palácio mais para o fim da tarde. A última entrada no
palácio é até às 17h. Quando chegamos, a fila da compra de ingressos estava abusurdamente
enorme (e nem era alta temporada). O nosso guia nos disse que quando saíssemos
do jardim não teria mais fila para comprar e poderíamos entrar no palácio
tranquilamente.
Entramos no jardim e não era um simples jardim. Era
praticamente uma cidade em forma de jardim. Não pense você que vai encontrar
flores pra tudo quanto é lado, não...Os jardins franceses tem muitas
árvores e poucas flores e as árvores são arrumadas de uma forma bem simétrica
fazendo alguns desenhos geométricos na maioria das vezes.
Naquele lugar eu me senti a menor das criaturas...Tudo muito
grande e imponente. Pra você ter uma ideia, os jardins tem um mapa próprio. Cada
lugar tem um nome, uma fonte, uma história. A parte legal de ir com o guia é
que você consegue voltar um pouco no tempo e imaginar como aquelas pessoas
viviam e qual foi a importância daquele lugar para aquelas pessoas. É claro que
algumas vezes eu boiava na explicação do guia, mas consegui entender na maioria
das vezes. Quando eu via que a minha mente já estava ficando cansada, eu simplesmente
parava de prestar atenção e admirava o lugar tirando fotos...rsrs.
Nós demos muita sorte de ir naquele dia pois era o dia do
Jardim Musical. Imagina você andar pelos jardins ouvindo música clássica? Lindo
né? Ou então você parar em uma área onde as águas da fonte “dançam” conforme a
música que está sendo tocada? Mais lindo ainda né? Pois é, eu vi e posso dizer
que foi espetacular!
Durante o passeio nos jardins nós fizemos uma pausa de 20
minutos. Eu e Paula sentamos em frente ao lago (próximo de banheiros e
restaurantes dentro do jardim), e vendo os patinhos andando pra lá e pra cá,
comemos os nossos sanduíches que compramos lá em Paris. A vantagem do clima
frio é que as bebidas nunca ficam quentes..rsrs. Meu suco de laranja estava
fresquinho ainda..rs!
Depois da pausa continuamos com a visita até que o nosso
guia se despediu. Nós até pagamos mais caro do que se tívessemos ido sozinhas,
mas as histórias contadas por ele valeram muito a pena.
Jardins Simétricos |
Uma das Belas Fontes do Jardim |
Queria fazer o anjinho no chão, mas achei melhor não :D |
O Palácio
Eram quase 16h e queríamos entrar no Palácio. Fomos direto
para a bilheteria (realmente não tinha ninguém na fila) e entramos no Château
(pronunciá-se chatô). Conseguimos tirar a bendita foto nos portões de ouro sem
ninguém atrapalhando a gente...rs.
Como fizemos a visita ao palácio por nossa conta, não
ficamos sabendo das histórias. Mas como tinha muito grupo fazendo visita
guiada, ouvíamos alguma coisa aqui e ali e entendíamos quando a visita era
guiada em inglês.
De fato o lugar é espetacular e pra mim a sala mais bonita é
a sala dos espelhos. Na época de Luis XIV, o espellho era um artigo caríssimo e
nada mais poderia demonstrar a riqueza do rei egocêntrico do que uma sala feita
só de espelhos. A luz que vinha de fora refletindo nos espelhos dava um ar
mágico aquela sala. Simplesmente lindo!
Andamos um pouco mais aqui e ali, tiramos fotos, fotos e
mais fotos e encerramos a nossa visita ao palácio.
A Paula ainda queria voltar ao inicio do jardim para tirar
algumas fotos (você pode entrar e sair do jardim a hora que quiser com o mesmo
ingresso). Ficamos por ali admirando um pouco mais aquele lugar. Luis XIV pode
ter sido um egocêntrico de marca maior, mas agradeço a ele por transformar
aquele lugar no maior palácio do mundo. A visita vale muito a pena.
Isso não é um palácio, isso é uma afronta...rs |
Só entrando no palácio no fim da tarde pra ter uma foto sem ninguém... |
Só pra vocês terem ideia da proporção de tamanho do lugar |
Um dos belos quartos do palácio |
Hall dos Espelhos...minha cara de: Que Droga...mó cabeçada atrás |
E o portão é feito de q? Ouro, lógico |