terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Paris – Do Louvre à Montmatre

Era segunda-feira e para a maioria das pessoas era dia de voltar à realidade do trabalho. Pra mim e pra Paula era um dia a menos de férias..rs.
Antes de começarmos a nossa jornada de caminhadas tínhamos que fazer uma coisa que era estritamente necessária: Despachar algumas coisas pelo correio. Não...Ninguém nos pediu para enviar nada da França para o Brasil...O fato é que tínhamos algumas coisas que precisávamos nos livrar para ter um pouco mais de espaço na nossa mala.
Parênteses do post: Nunca, jamais,  em hipótese alguma compre mais do que você acha que caiba na sua mala. Principalmente se você fizer um mochilão que passe por 7 países...rs. Eu e Paula (mais a Paula, claro..rs) nos empolgamos e compramos algumas coisinhas em Londres, como por exemplo: Dicionários em inglês (é isso mesmo, dicionários..rs) e livros de gramática. O problema é que lá era muito mais barato do que aqui no Brasil. Só pra vocês terem ideia, um dicionário inglês – inlgês da Oxford foi 7 pounds (32 reais mais ou menos), aqui no Brasil o mesmo dicionário está em torno de 100 reais.
Chegamos no Correio e logo de cara já veio o medo: “E se ninguém no correio falar inglês?” . Quando entramos mandamos a nossa frase básica em francês: “Je ne parle pas français. Vous parlez anglais? » (Eu não falo francês. Você fala inglês ?) . Para a nossa alegria, o senhor que trabalhava no correio foi bem simpático e falava inglês. Ele nos ajudou a escolher a caixa certa para enviar as nossas bugingangas e nos ensinou a preencher o formulário de envio. No total despachamos 2 caixas para o Brasil e desembolsamos uns 70 euros mais ou menos. Você pode achar o valor um absurdo (e de fato é), mas nada paga o espaço que você consegue na sua mala...Nem que esse espaço seja o menor dos menores. Pra mim foi muito útil, pois consegui ficar “só” com a minha mala de 32kg e a minha mochila (me livrei da mala de mão que voltou para o fundo da mala..rs). Pra Paula adiantou mais ou menos...rsrsrs.

Andando de Metrô
Depois da saga do correio, seguimos com o nosso planejamento do dia e fomos ao Louvre. Nós poderíamos ir andando, mas queríamos evitar a fadiga e economizar tempo e resolvemos nos arriscar no metrô.  Até esse momento não tínhamos tido nenhum problema com os franceses, mesmo sabendo da fama de esnobes deles. Mas, como nada nessa vida é perfeito é claro que ia ter um francês fazendo jus a fama né? Rs.
Quando chegamos em Paris nós entramos numa estação qualquer só pra saber os valores dos tickets e vimos que tinha um ticket que valia para 3 dias por 14 euros (se me lembro bem).
Como já sabíamos os valores dos tickets, resolvemos entrar na fila de compra na maquininha. Quando chegou  a nossa vez, ficamos um bom tempo tentando descobrir como funcionava aquela maquininha e resolvemos pedir ajuda ao funcionário do metrô. Nós começamos com a nossa frase básica em francês dizendo que não sabíamos falar francês e ele simplesmente olhou pra nossa cara, fez aquela cara de NÃO POSSO TE AJUDAR e ficou quieto. Ele não esboçou uma reação.  Até que voltamos para a fila para tentar nos virar sozinhas porque o bonitão (não, ele nem era bonito..rs) não queria nos ajudar. Quando ele viu que estávamos mais uma vez empacando a fila, ele resolveu tomar uma atitude e muito a contra gosto nos ajudou a comprar os tickets (com uma grosseria que só) aquele lá nem mereceu ouvir o meu “Merci” macarrônico..rsrs.
Louvre
Passada a fase de stress matinal, fomos em direção ao Louvre. O metrô de Paris não é tão “bonito” quanto o de Londres e nem tão limpo quanto o do Rio de Janeiro (Sim, o metrô do Rio dá de 10 a 0 em se tratando de limpeza). Achei o metrô de lá meio caído, mas funciona e pra eles acho que é só isso que importa. Descemos na estação Rivoli (Louvre) e seguimos para o nosso destino.
Nós entramos no Louvre pela entrada da Rua Trivoli porque nos disseram que nessa entrada não haveria fila, mas eu Paula não conseguíamos encontrar onde comprávamos os ingressos para a entrada. Nós decidimos então comprar onde todo mundo compra...Na Pirâmide do Louvre. Como era uma segunda-feira e não era alta temporada, a fila não estava absurdadmente grande. Ficamos em torno de 30 minutos na fila para entrarmos. A fila que você vê do lado de fora é somente pra entrar porque você precisa passar por um detector de metais e colocar os seus pertences numa esteira de raio-x (tipo de aeroporto).







Depois que você passa por esse processo você encara mais uma fila para a compra do ingresso. Dessa vez ficamos mais uns 10 minutos. Você pode comprar o ingresso tanto no cartão de crédito, dinheiro ou com seu visa travel money. Nós compramos o ingresso somente para o Louvre (13 euros). Você também pode comprar para o Louvre + Alguma exposição que tiver no museu. Na época havia uma exposição do pintor Raphael, mas como nós não entendemos muuuuuuito de arte nós compramos só o ingresso do Louvre mesmo.
Quando você pensa em Louvre automaticamente vem a imagem da....Monalisa. A pintura mais famosa do pintor Leonardo Da Vinci. Um quadro cheio de mistérios e histórias. Até hoje ninguém sabe ao certo se a Monalisa (La Gioconda em italiano) era de fato uma mulher ou se é um homem...Alguns dizem que seria um auto retrato de Da Vinci, eu sinceramente não sei.
Como eu disse, eu e Paula não entendemos muito de arte, mas ir à Paris e não ir ao Louvre e ir ao Louvre e não ver a Monalisa é a mesma coisa que nada. Assim que entramos, seguimos as setinhas que indicavam o caminho da Monalisa. Você vai achar, fique tranquilo...Você vê escrito “Monalisa por ali” vááááárias vezes ao longo do caminho...rs. É claro que para os entendidos e amantes de arte caminhar pelos corredores do Louvre é uma perdição. Por diversas vezes parávamos para admirar alguma obra e por muitas vezes não entendíamos nada da obra, parávamos simplesmente porque achávamos bonito!
Eis que entramos em uma sala e láááá´no fundo da sala estava ela. A Monalisa. O quadro mais famoso do mundo estava ali na minha frente. Sabe aqueles momentos que você vê nos filmes quando uma pessoa fica admirando uma obra de arte sozinha, contemplando o quadro? Pois é, isso não existia ali. Era tanta gente, mas tanta gente querendo tirar uma foto do quadro que era praticamente impossível você admirar qualque coisa da obra. Primeiro porque tinha a maior cabeçada na sua frente, segundo porque o quadro fica afastado das pessoas (tem uma corrente de proteção distanciando as pessoas do quadro), terceiro porque o quadro fica dentro de uma redoma de vidro e quarto porque o quadro é pequeno...O_o...É isso mesmo meu caro leitor, o quadro é pequeno. Você imagina uma obra grandiosa na sua frente e tudo o que você vê é um quadro de 77 cm × 53 cm e dê-se por satisfeito..rs. Depois de várias tentativas de tirar uma foto decente da tela (mesmo de longe) e tirar a foto em que eu “apareço” ao lado do quadro, resolvemos meter o pé dali e deixar os asiáticos se estapeando por “um lugar ao sol” perto do quadro...



Para a Paula a visita já estava valendo, mas já que eu estava ali eu queria ver uma obra de Michelangelo que também era super famosa. A Vênus de Milo. A famosa escultura de uma mulher sem os dois braços. Procuramos mais um pouco e achamos a obra. De fato a escultura era bem bonita e valia a pena a espiada. Como ela é menos “famosa” que a Monalisa, tinha menos gente perturbando e conseguimos tirar uma foto melhorzinha..rs.


Para nós duas o passeio ao Louvre tinha acabado por ali. O museu é enorme e dizem que para conseguir ver todas as obras com calma você teria que ir 7 dias seguidos ao Louvre.
Arco do Triunfo
Saímos do Louvre e de lá conseguíamos ver o arco do triunfo. É um retão que você vai andando, andando e andando. No caminho paramos para comer um Palmier (biscontinho de massa folhada) e compramos 12 cartões postais de Paris por 2 euros. Compramos esses cartões postais com uns africanos que ficavam ali perto do Louvre. Os caras dão um pouco de medo, mas é só você comprar e não dar muita confiança que tá tudo certo.
Enquanto estávamos andando para o arco do Triunfo nós passamos pela Champs Elysees, a rua mais famosa, mais chique e mais cara de Paris. Você só vê  marcas como Louis Vuitton, Dior, Armani, Channel e por aí vai...Vitrines lindas, mas que eu, reles mortal, não tive coragem de entrar. Quem sabe um dia?



O arco do triunfo estava parecendo a Torre Eiffel, nunca chegava..rs. Resolvemos parar num restaurante pra almoçar antes de seguir...Não lembro o nome do restaurante, mas fica na Champs Elysees mesmo. Eu pedi uma salada e um Quiche Lorraine, estava gostoso, mas não estava delicioso.

Enfim, terminamos de almoçar e chegamos ao Arco do Triunfo.  Tiramos algumas fotos ali e atravessamos a passagem subterrânea para ficar embaixo do arco. Pelo amor de Deus, não tente atravessar a rua para chegar ao arco. Se fizer isso, você não vai sobreviver para contar o resto da viagem...É sério. O arco fica no meio de vááárias ruas e por este motivo para chegar lá você precisa atravessar a passagem subterrânea.

Embaixo do arco tinha um memorial de guerra e você pode ver como ele é por baixo, é bem bonito! Ficamos mais um tempo ali e resolvemos seguir o itinerário.


Sacre Crour
Saímos do arco do triunfo e pegamos o metrô em direção à Sacre Crour – Uma igreja que fica no alto de Paris. Como nada nessa vida é fácil, saímos do metrô e andamos mais uns 20 minutos até as escadarias.

Bom, se a igreja ficava no alto é lógico que teria uma escadaria pra subir né? Mas vale muito a pena subir as escadas e ver Paris lá do alto. A vista é linda e a igreja também é muito bonita, toda pintada de branco ela é um dos cartões postais de Paris. A igreja fica localizada no bairro de Montmatre, bairro antigo e famoso. Muitos escritores antigos gostavam de perâmbular por ali, talvez seja por isso que eles tinham tanta inspiração para escrever livros e poemas.

Claro que entramos na igreja, porque se você conseguir ir pra Europa e não entrar em nenhuma igreja, me fale..Eu não consegui..rsrs. Como sempre, a arquitetura era linda.

Conhecer a Sacre Crour e tirar fotos nas suas famosas escadarias vale muito a pena. Depois de visitar a igreja fomos andando novamente para o metrô e vimos que a região de Montmatre é bem legal. Tem umas lojinhas meio xing-lings, mas é bem gostoso de andar por ali.






No final do dia ainda queríamos dar uma passada no Moulin Rouge, mas acabamos indo pra direção errada (porque o mapa estava na minha mão..rs) e desistimos da ideia. Deixamos para o dia seguinte.

Aquela segunda-feira rendeu em Paris e estavámos felizes de conseguir fazer a maioria das coisas que planejamos para a viagem. Ponto para o planejamento e horas “perdidas” no Google.rsrs
Comentários
0 Comentários

0 comentários:

Postar um comentário