Depois de termos enfrentado Auschwitz no dia anterior, só
queríamos um programinha light para nos despedirmos da Cracóvia. Naquele mesmo dia às 21h iríamos para Budapeste,
então tínhamos que aproveitar.
Como o Mike se ofereceu para nos levar para conhecer a
cidade (de carro), nos demos ao luxo de acordarmos um pouco mais tarde, já que
não teríamos que nos preocupar com condução. Depois do café da manhã preparado
lindamente pela mãe do Mike, saímos para conhecer um pouco mais da Cracóvia.
Fábrica de Shindler
A fábrica era a nossa primeira parada. Depois de ter visto o
filme A Lista de Shindler, me encantei e me emocionei com a história de um cara
que resolve salvar mais de 1000 judeus do holocausto, simplesmente
contratando-os para trabalharem na sua fábrica. A história é verídica e vale a
pena visitar à fábrica. Então, já que eu estava na cidade onde a fábrica estava
instalada, eu não podia perder a oportunidade de conhecer, não é mesmo?
A fábrica está situada no endereço
35 Rynek Glowny e a entrada custa 16 Zlots (moeda da Polônia). Com a ajuda do nosso host
compramos os ingressos e fomos conhecer o museu.
A fábrica foi transformada em um museu, onde conta a
história dos judeus e a participação dos mesmos na segunda guerra mundial. Em
algumas áreas você pode conhecer o escritório do Sr. Shindler e até mesmo ver
as panelas que eram fabricadas na fábrica. Salas contendo objetos utilizados
pelos judeus e até mesmo uma sala onde você se sente dentro da guerra. Chão de
pedras, arames farpados e barulhos de bomba...Se ali que era tudo falso dava
aflição, imagina viver no meio daquilo?
Se você quiser mais informações sobre o horário de
funcionamento da fábrica, acesse o site: http://www.krakow-info.com/schindler.htm
Almoço de
Despedida...
De todos os lugares que praticamos o couch surfing, a
Cracóvia foi de longe a que se destacou em termos de hospitalidade. Não que nos
outros lugares os nossos hosts não foram gentis, longe de mim...Annabelle na Bélgica
foi uma fofa, como já disse antes. E Camille e Antoine literalmente cederam o
apartamento deles em Paris. Mas eu não sei, o clima ali na Cracóvia era
diferente.
A mãe do Mike fez questão de fazer um almoço com pratos
típicos da Polônia. E como sempre, a mesa estava linda. Um almoço digno de
rainhas, com entrada, prato principal e sobremesa. Experimentamos a típica sopa
de beterraba. Achei gostosa, mas bem condimentada. Experimentamos também uns
rolinhos de repolho com carne moída e arroz...Uma delícia. E como sobremesa
strudel de maça e outras delicinhas. Gente, estava mais do que satisfeita.
Enquanto almoçávamos conversávamos com os pais dele. Em especial com o pai dele
que falava inglês muito bem. E como ele gostava de conversar...Disse que tinha
muita vontade de vir ao Brasil e que simplesmente amou o CD do Tom Jobim que demos pra ele
(inclusive colocou para tocar durante o almoço). Queria saber sobre a economia,
política, tudo sobre o Brasil...Chegou o ponto da mãe do Mike ter que pedir pra
ele parar de falar e comer porque a comida estava esfriando...hahuahuahuahau.
Passado o almoço perfeito que tivemos, o Mike nos levou para
conhecermos o complexo de Wawel.
Complexo de Wawel
Antes de viajar eu simplesmente não sabia como falar Wawel.
Tentei de tudo, Uáuel, Vauél e até mesmo Uável...Mas eis que o nosso host nos ensinou: pronuncia-se
Vavel, o W tem som de V lá.
O complexo fica no topo de uma colina e abriga um castelo e
uma catedral. Como o dia estava super, hiper, mega chuvoso e não tínhamos todo
o tempo do mundo, não compramos o ticket que dava direito a entrar de fato no
castelo. Ficamos só pelo lado de fora mesmo. Mas já valeu a visita! Apesar da
neblina e claro, do frio o lugar é lindo!
A Cracóvia é conhecida por inúmeras lendas e uma das lendas
mais famosas é sobre o Dragão que vivia em uma caverna ali nos arredores do
complexo de Wawel. Rege a lenda que
havia um dragão que aterrorizava a população da Cracóvia e ninguém tinha
coragem de matar o tal dragão. Eis que o rei do local informou que aquele que
conseguisse matar o dragão se casaria com sua filha. Então, um carinha bem humilde,
mas muito esperto teve um plano. Ele fez uma ovelha gigante com peles, encheu a
ovelha falsa de enxofre e colocou na entrada da caverna do dragão. O dragão com
o olho maior do que a barriga, comeu a tal ovelha, mas o enxofre fez a barriga
dele arder tanto que ele foi até o rio Vistula e bebeu tanta água, mas tanta
água que acabou explodindo...Mocinho esperto não?? Rsrsrs. Até hoje a tal
caverna do dragão fica aberta à visitação e na porta fica a escultura de um
dragão que solta fogo. Nós não fomos à caverna, porque não ia dar tempo. Mas
andei lendo relatos de pessoas que foram e acharam bem legal.
Wawel - Chove chuva...Chove sem parar... |
Complexo de Wawel |
Wawel |
E a chuva deu uma pequena trégua...Complexo de Wawel |
Em frente ao Complexo tinha essas placas indicando a distância para outros lugares...Achei legal A plaquinha virou a marca do blog na nossa fanpage :-) |
Praça Central
Quando saímos do complexo, descemos e fomos para a praça
central da Cracóvia. A praça é bem bonita e abriga a igreja de Santa Maria e o
mercado central.
A igreja tem uma arquitetura bem peculiar. Ela não é
simétrica, como a maioria e tem uma das torres maior que a outra. E para explicar
o motivo, tem mais uma lenda...rs. Rege a lenda que a construção das torres foi
fruto de uma aposta entre dois irmãos, príncipes. Venceria quem conseguisse
erguer a torre mais alta. Um deles venceu, é óbvio, embora hoje já nem se saiba
quem foi.
A igreja é bem bonita e vale a visita.
Igreja de Santa Maria |
Ainda na praça passamos pelo Mercado Central. É um mercado
enorme que vende desde artesanatos até souvenires normais, como imã, cartões postais
e porque não mini dragões?? É lógico que comprei o meu dragãozinho né? Sendo
uma lenda tão forte da cidade, não podia deixar de ir embora sem o meu..rsrs.
Mercado Central - Lindo não?? |
Depois de visitarmos a praça, Mike nos levou para tomar o
melhor chocolate quente da Cracóvia. Eu ficava meio receosa quando falavam em
chocolate quente na Europa, tive muitas experiências ruins, pode acreditar...hahahaha.
Em Londres o tal chocolate quente era água quente com
chocolate em pó (devia ser proibido chamar aquilo de chocolate quente).
Em Paris o chocolate quente era bem gostoso. Mas feito com leite e chocolate em pó.
No trem chegando em Praga mais um chocolate quente fajuto feito com água quente (cadeia neles..rsrs).
Em Praga o chocolate quente era delicioso e enorme...tinha até chantilly no topo. Tá, tá, meio enfeitado demais, mas estava ótimo (estava ganhando até o momento)
Mas foi na Cracóvia que eu tive o melhor chocolate quente de todos. O nome do local? Wedel. Localizado bem na praça central.
Em Paris o chocolate quente era bem gostoso. Mas feito com leite e chocolate em pó.
No trem chegando em Praga mais um chocolate quente fajuto feito com água quente (cadeia neles..rsrs).
Em Praga o chocolate quente era delicioso e enorme...tinha até chantilly no topo. Tá, tá, meio enfeitado demais, mas estava ótimo (estava ganhando até o momento)
Mas foi na Cracóvia que eu tive o melhor chocolate quente de todos. O nome do local? Wedel. Localizado bem na praça central.
Nós entramos (o lugar é bem lindinho) e fomos super bem
atendidos pela mocinha que trabalhava no local. Eu pedi um chocolate quente que
vinha com uma bola de sorvete, mas fiquei na dúvida se o sorvete vinha dentro
ou fora do copo. Mas chocolate quente com sorvete não tinha como ser ruim né? E
não foi. O sorvete vinha dentro da caneca de chocolate quente. Gente,
simplesmente delicioso...Vai pra Cracóvia? Passe no Wedel e tire suas próprias
conclusões.
Chocolate quente perfeito do Wedel |
E estava chegando a hora de darmos adeus para a linda e
hospitaleira Cracóvia. Voltamos para casa do Mike, fizemos as malas e fomos nos
despedir dos pais dele. E a última fofice (se é que existe essa palavra) da
noite foi a mãe do Mike ter feito sanduíches para nós duas levarmos na viagem e
ter nos dado de presente colares que ela mesma fazia. Gente, me apaixonei por
eles..rsrs.
Nos despedimos e entregamos um cartão postal do Rio de
Janeiro para os pais do Mike e para o próprio Mike, como símbolo de gratidão e
como forma deles terem uma imagem linda do Rio de Janeiro para guardar.
E lá fomos nós, mais uma vez encarar um trem noturno. O Mike
nos levou até a estação de trem e ficou conosco até o trem sair. Gente, fofo
demais.
Estávamos indo para Budapeste e nos despedindo daquela
cidade linda e encantadora, que de fria só tinha o tempo mesmo, porque as
pessoas....Ah...as pessoas eram as mais calorosas possíveis. Quero voltar à
Cracóvia e conhecer lugares que não pude conhecer!
E você? Já foi pra Cracóvia? Curtiu?
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