E saímos da República Tcheca e chegamos à Polônia, mais
especificamente na Cracóvia.
Já escrevi aqui um post falando sobre esse lugar que muita gente não conhece (Clique aqui para ler o post). Eu
achava super engraçado quando as pessoas me perguntavam quais os lugares que eu iria
conhecer nesse “mochilão” e aí eu começava a listar os lugares badalados como Londres, Paris,
Amsterdam até que chegava na Cracóvia. A cara que a pessoa fazia, primeiro por
não saber onde exatamente ficava a Cracóvia no mapa e segundo por querer saber
o que tinha de tão especial naquele lugar para eu “gastar” um dia de viagem lá.
Cheguei até a ouvir a seguinte frase: "Ahhh Cracóvia, eu sei...É aquele lugar que aparece no filme que o Tom Hanks fica preso no aerorporto né?"...Ok, ok, o nome do país é bem parecido mesmo (Krakozhia), mas não era isso..rsrs. Ah! Para aqueles que não sabem, o nome do filme é O Terminal e o filme vale a pena.
Bom, já expliquei os meus motivos pra vocês no post e não vou ser redundante,
mas essa era uma das cidades que eu estava mais ansiosa de conhecer.
Chegando na Cracóvia
No dia anterior à nossa chegada enviei uma mensagem para o
facebook do nosso host. O Mike. E ele havia nos informado que nos pegaria na
estação de trem independente do horário (gente, chegamos por volta de 07 da
manhã...madrugada pra mim...rsrsrs). Tô falando que ele era um anjo?
Saímos da estação de trem e não avistei o Mike. Deixei a
Paula tomando conta das malas no Mc Donald's e fui ver se tinha outra entrada na estação. Não
consegui identificar nenhuma outra entrada não, então voltei para o Mc Donald’s,
vi que tinha sinal wii-fi grátis e rápido e mandei uma mensagem para ele pelo
facebook. Uma hora ele ia ver não é? Quem fica sem acessar o facebook um dia
inteiro? Não conheço uma alma viva...rsrs.
Depois de enviada a mensagem, esperei e eis que vejo um
carinha alto e todo simpático. Era ele...O anjo Mike. Um polonês que, graças ao
bom Deus, tinha estudado por 1 ano em Portugal e sabia falar português muito
bem. Era tudo o que precisávamos, um polonês que sabia falar português.
Ele foi nos buscar de carro, nos ajudou com as nossas malas
e fomos rumando para a casa dele. Fomos conversando sobre a Cracóvia, nossos
motivos de estarmos ali e ele todo empolgado querendo saber mais sobre o
Brasil.
Enquanto estávamos no carro, falamos que queríamos ir à
Auswitz naquele dia, já que iríamos para Budapeste no dia seguinte a noite,
então não podíamos perder muito tempo.
Ele disse que poderíamos chegar em casa com calma, tomar um banho e
comer alguma coisa e que depois ele nos levaria até a rodoviária para pegar o
ônibus que nos levaria à Aushwitz.
A Hospitalidade Polonesa
O Mike morava com os pais, era filho único e tinha um
cachorro fofo. Eu ainda não sabia qual seria a reação dos pais dele ao nos
conhecer, vai que não fossem com a nossa cara?
Primeiro conhecemos a mãe dele. Uma fofa. Ela não falava
muito inglês, mas tentava se comunicar com a gente. Ela havia preparado uma
mesa linda de café da manhã. Com direito a chás, pães e queijos da região. Tudo
muito bem arrumado na mesa. Achei aquilo tão bonitinho!!
Depois de tomar o banho revigorante, nós pegamos os
presentinhos que levamos para eles e fomos entregar.
Parênteses: Nós levamos lembrancinhas para todos os nossos
hosts, como forma de agradecimento por abrir as suas casas pra nós. Para Camille
e Antoine, em Paris, levamos uma garrafa de guaraná natural (eles amavam, vai entender? Rs).
Para a Annabelle na Bélgica, levamos um par de havaianas. Para o host de
Amsterdam, levamos uma caneca do Rio e para o Mike e os pais dele levamos uma
camisa com a Praia de Ipanema e um CD de Bossa Nova. Fica a dica caso você
fique hospedado na casa de alguém que não conhece e quiser causar uma boa primeira impressão.
O Mike simplesmente amou a camisa e a mãe dele amou o CD.
Acertamos em cheio nos presentes. E ficamos lá tomando café da manhã e ouvindo
Tom Jobim, na Cracóvia. Adoro a Globalização...rsrsrs.
Combinamos com o Mike o que faríamos naqueles dois dias que
tínhamos e ele prontamente se ofereceu para nos levar onde fosse necessário.
Achamos melhor conhecer Aushwitz naquele dia mesmo e no dia seguinte conhecer
um pouco mais da Cracóvia.
Não vou relatar a experiência de conhecer Aushwitz neste
post. É um lugar tão marcante que merece um post único.
Cracóvia’s Night
Depois que voltamos de Aushwitz o Mike se prontificou a nos
levar para conhecer o que a Cracóvia tinha de bom a noite.
E lá fomos nós debaixo de um frio de 3°C. Gente, foi a noite mais fria de toda a viagem. Eu entrava
no carro e não queria sair mais. Pra completar a cena ainda estava chovendo, ou
seja a sensação térmica diminuia ainda mais.
Mike nos levou para o centro da Cracóvia e nos mostrou uma
rua onde tinham vários pubs. Entramos em um deles, tomamos um drink, mas
ficamos pouco tempo, já que o lugar estava muito cheio.
Partimos em direção a outro Pub. Dessa vez ele era meio
subterrâneo. O Pub era bem legal e aconhegante tb. Ficamos por ali um tempo,
conversamos, observamos como os poloneses se divertiam, Paula resolveu
experimentar uma cerveja francesa que tinha tequila (jurava que a cerveja era
mexicana...rs), conversa vai, conversa vem e eu já estava como: Pra lá de Bagdá
de sono. Não conseguia mais manter uma conversa. Se a conversa parava por 30
segundos, meus olhos me traíam e começavam a fechar involuntariamente...rsrs.
Cracóvia's Night |
Voltamos para a casa, praticamente cedo, tipo umas 01 e
pouco da manhã . Tínhamos que descansar, pois ainda queríamos conhecer lugares
como o complexo de Wawel e a fábrica de Shindler no dia seguinte.