Depois de ter feito o Pub Crawl na cidade (que por sinal é
bem legal e o pessoal buscou a gente no Hostel J)
nós nos demos ao luxo de acordarmos mais tarde naquele dia, até porque o nosso
trem para a Cracóvia só sairia por volta de 19h, então tínhamos tempo
suficiente.
Ah! No post anterior não tinha falado como era o café da manhã
do albergue. Bom, tendo em vista que a diária do hostel era bem barata e estava
super bem localizado, não esperava muito pelo café não...Sabe como é né? Sempre
tem os pontos positivos e negativos, nunca é perfeito.
O café funcionava assim: Na área coletiva tinha uma pia,
talheres e copos à disposição da galera. Tinham também jarras com leite e suco
de laranja. Além disso tinha um pote com cereais (no estilo nescau ball). Mas
aí eu olhei e pensei: “Onde é que está o
pão?”. Pois é, o pão (que na verdade era um sanduíche de queijo, alface e
presunto) tinha que ser pego na recepção do hotel...Achei isso engraçado,
talvez porque eles quisessem controlar a quantidade. Como tinha um microondas
também à disposição da galera ali, esquentei o sanduíche, peguei o meu pãozinho
e tomei meu singelo café da manhã. O hostel tava meio vazio (talvez porque
Outubro seja baixa temporada), então não deu pra socializar com ninguém L.
Devidamente alimentada, voltei pro quarto, arrumei as minhas
coisas e esperei a Paula arrumar as dela pra poder fazer o check-out que estava
previsto para o 12:00. Deixamos as malas em um local seguro e fomos dar a
última volta na cidade.
Castelo de Praga
Decidimos visitar o Castelo de Praga, creio que seja a
principal atração turística, depois da Charlie’s Bridge. Como estávamos do outro
lado da ponte (próximo ao relógio atronômico), atravessamos mais uma vez a
ponte (aproveitei para admirá-la uma última vez) e seguimos em busca do
castelo.
Durante o trajeto vimos alguns dos nossos conhecidos, como o
Mc Donald’s. É impressionante que em todos os lugares do mundo tem um...Ok, eu
ainda não conheço todos os lugares do mundo, mas acredito que assim seja...rs.
Subimos e descemos algumas ladeiras e nos deparamos uma escadaria enorme. E
a placa estava apontando pra onde? Pra escada, lógico. Ou você acha que o caminho
seria molezinha? Rsrs.
Até que a subida não foi das piores. Eram escadas meio
largas, onde praticamente você tinha que dar dois passos para subir um degrau.
Acho que aquelas escadas onde os degraus são juntinhos, são piores!
Enquanto subíamos conseguimos contemplar um pouco mais a
paisagem e ver Praga de cima. Uma visão muito bonita, mesmo o tempo não estando
lá essas coisas.
Praga vista de cima... |
Chegamos inteiras ao último degrau. Apreciamos um pouco mais
a paisagem e começamos a andar pelo complexo do castelo. Sim, o castelo não é
apenas 1, mas sim um conjunto de prédios que abrigavam a antiga monarquia da
República Tcheca.
Quando nós chegamos, observamos que tinha uma montoeira de
pessoas em frente ao castelo principal e concluimos que ia acontecer alguma
coisa ali. Daqui a pouco começamos a ouvir uma música vinda de uns instrumentos
de sopro (trompetes, creio eu) e aí descobrimos: Era uma troca de guarda. Ok,
ok, não tão pomposa quanto a troca da guarda em Londres, mas era uma troca de
guarda. Ficamos um pouquinho, até porque de troca da guarda, a gente já estava
legal né? Rsrs.
Troca da Guarda em Praga |
Deixamos a muvucada para trás e fomos andando pelos
arredores do complexo do castelo. Ali era bem bonito, não vou negar, muitos
turistas (brasileiros em tudo quanto é quanto, acredite!), mas eu não
sei...Ainda faltava aquele encantamento, aquele Ohhhh que fazemos quando algo
é realmente espetacular. Talvez fosse por conta do cansaço ou até mesmo da
saudade que estava batendo forte dos amigos, da família e do arroz com feijão.
O Castelo de Praga - Não tem muito cara de castelo, né? rsrs |
Igreja de St. Vito - Dentro do complexo do Castelo de Praga |
Interior da Igreja de St. Vito |
Um parênteses: Nesta parte da viagem já estávamos bem
cansadas de arrumar e desarrumar as malas, subir e descer de trem e da
individualidade europeia. Começamos a sentir saudade do Brasil, do povo, da
família, da comida. Como tínhamos apenas uma a outra para desabafar, tinha uma
hora que começávamos a ficar cansadas também da companhia uma da outra. Não
adianta...Convivência 24 horas por dia nunca ia ser 100% perfeito...rsrs. Eu e
Paula sempre contamos para as pessoas que nós tiramos férias juntas e depois
tiramos férias uma da outra...hahahahahaha.
Depois que saímos do castelo, resolvemos dar mais uma andada
pela cidade.
Visitamos uma igreja que fica bem em frente à ponte. Era
bonita, mas já tinha visto tanta igreja na viagem, que as coisas começavam a
parecer iguais pra mim...rsrs.
Vimos no nosso mapinha que tinha um bairro judeu, onde
poderiam ser vistos museus e informações sobre o holocausto. Nós até achamos
que valia a pena, mas o preço para visitar o complexo judeu não era dos mais
amigáveis. Como já íamos em Aushwitz, na Cracóvia, achamos melhor guardar o dim dim.
Voltamos para perto do hostel e almoçamos no mesmo
restaurante do primeiro dia. Aproveitamos para utilizar o wii-fi e dar as
últimas notícias para amigos e familiares.
Voltamos para o hostel e ainda estava relativamente cedo. Eu
não estava cansada e resolvi aproveitar o wii-fi do hostel para atualizar as
fotos no facebook. Eu não me aguentava, não ia esperar chegar ao Brasil para
postar as fotos..rs. A Paula meio que se entregou aos braços de Morpheu e deu
aquela cochilada no sofá.
Enquanto estávamos lá esperando a hora passar, pedimos para
a recepcionista do hostel solicitar um táxi. Até encararíamos pegar o metrô
para irmos à estação de trem, mas como estávamos sem o Victor, resolvemos não
arriscar...rs. E pedir o táxi em Tcheco estava fora de cogitação...rs.
O táxi chegou no horário combinado e nos deixou na estação
conforme pedimos. Nós mal sabíamos que aquele trem nos daria a maior das dores
de cabeça em toda a viagem.
Trem Praga x Cracóvia
Gente, esse trajeto foi um dos mais marcantes pra mim.
Já começa pelo nosso ticket (upper – upper) ou seja, as duas
ficariam na última cama em cima do triliche. E nenhuma das duas tinha viajado
ali antes...O meio e a parte de baixo, ok...mas a última cama? Ia ser tenso.
O nosso trem chegou e pensamos: Cara, temos que ser as
primeiras a entrar para colocarmos as nossas malas (que não eram poucas né? ).
Mas eis que quando íamos entrar um grupo de brasileiros de mais ou menos umas
15 pessoas se enfiaram na nossa frente e não deixaram a gente passar. Disseram em
alto e bom tom que não ia nos deixar passar porque tínhamos muita bagagem. Só
que eles não sabiam que estávamos entedendo tudo...Não quisemos arranjar
confusão e ficamos na nossa.
É lógico que ser uma das últimas a entrar na cabine não ia
resultar em coisa boa né? Quando chegamos na nossa cabine, vimos que todos já
estavam lá. E o espaço do meio?? Não tinha, praticamente. Olhamos uma pra cara
da outra: “E agora?”. A cara de
assombro das pessoas que estavam na nossa cabine era a melhor. Deviam estar pensando:
“Essas meninas estão de mudança para a
Cracóvia?” . Pensamos em como poderíamos acomodar as nossas malas dentro de
uma cabine que tinham 2 triliches...Pensamos em deixar no banheiro, no
corredor, mas não podia (é claro..rs). Até que pedimos ajuda ao mocinho que
trabalhava no trem.
Chegamos na maior educação, fazendo cara de gatinho do shrek
e tudo.
Nós: Oi, nós estamos
tentando colocar as nossas malas dentro da cabine, mas não estamos conseguindo.
Você poderia nos ajudar?
Ele: Não
Nós: Momento de silêncio absorvendo o não que foi dado de forma seca e direta.
Por favor, não sabemos qual seria o melhor jeito de colocar na cabine.
Ele: Não posso fazer nada por vocês.
Nós: Podemos deixar aqui na sua cabine? (Nós tínhamos olhado pra dentro da cabine dele e notamos que só tinha uma cama e o maior espação livre)
Ele: Não, as malas precisam estar dentro da cabine de vocês.
O sangue começou a subir, mas eu não queria argumentar. Até porque brigar em inglês é difícil pra mim..rsrs. As palavras somem da minha boca, de tão nervosa que eu fico.
Ele: Não
Nós: Momento de silêncio absorvendo o não que foi dado de forma seca e direta.
Por favor, não sabemos qual seria o melhor jeito de colocar na cabine.
Ele: Não posso fazer nada por vocês.
Nós: Podemos deixar aqui na sua cabine? (Nós tínhamos olhado pra dentro da cabine dele e notamos que só tinha uma cama e o maior espação livre)
Ele: Não, as malas precisam estar dentro da cabine de vocês.
O sangue começou a subir, mas eu não queria argumentar. Até porque brigar em inglês é difícil pra mim..rsrs. As palavras somem da minha boca, de tão nervosa que eu fico.
Voltamos para a nossa cabine e uma moça se compadeceu da
nossa situação. Parecia que estávamos brincando de Tetris...tentando encaixar
as malas em qualquer cantinho..rsrs. O pior de tudo era ver que tinha um homem
na nossa cabine e o ser humano não foi capaz de mexer uma palha para nos
ajudar. O que acontece com esse povo gente? Alguém me explica?
Malas devidamente acomodadas, 3 casacos tirados, eis que
subo para o meu cantinho...A cama mais alta. O que era aquilo? A visão? O teto.
A cama? Tinha tipo um ferro no meio que incomodava horrores. Travesseiro? Eu tinha
que dobrar pra ficar uma coisa decente para apoiar a cabeça.
Enfim, foi uma viagem tensa.
Eu acabei dormindo, de tão cansada que eu estava e de tão estressada que fiquei com a situação.
Eu acabei dormindo, de tão cansada que eu estava e de tão estressada que fiquei com a situação.
Mas isso ia melhorar...Mal sabíamos que íamos chegar à
Cracóvia e nos encontrar com o nosso host. O anjo Mike!!!
E Praga ficou para trás...Mais um lugarzinho do mapa onde
marquei um X. rsrs.
Praga é um sonho de cidade gostei demais!! Voltaria com certeza. Senti uma vibração muito boa naquele lugar.
ResponderExcluirAgora Cracovia foi ao contrario. Não sei pq não estava muito legal (enjoada) durante a viagem, se foi o hostel "fubeca" ou o que mas essa cidade não deixou boas lembraças.
Bjokas
Pri
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